Reprodução ufsm.br

Com a popularização das compras online, aumentaram também os golpes aplicados por estelionatários. Produtos que nunca chegam, sites falsos, perfis falsos em redes sociais e até falsos vendedores em marketplaces são algumas das armadilhas mais comuns. Muita gente só percebe que caiu em um golpe depois de fazer o pagamento.

Se você foi vítima de um golpe, o primeiro passo é reunir todas as provas: prints da conversa, do anúncio, do comprovante de pagamento e de qualquer outra informação que ajude a identificar o golpista. Em seguida, registre um boletim de ocorrência, que pode ser feito até pela internet em muitos estados.

Também é importante avisar o banco ou a instituição financeira usada para o pagamento. Em alguns casos, é possível tentar o bloqueio do valor transferido, principalmente se o golpe for descoberto logo após o pagamento. Quanto mais rápido agir, maiores as chances de recuperar o dinheiro.

Se a compra foi feita em um site verdadeiro, mas o produto não foi entregue ou veio diferente do anunciado, você pode acionar o Procon e até entrar com uma ação no Juizado Especial Cível para exigir o reembolso ou a troca. O Código de Defesa do Consumidor garante o direito à devolução do valor em caso de descumprimento da oferta.

Para se proteger, desconfie de preços muito abaixo do mercado e prefira comprar em sites conhecidos. Sempre confira se o site tem "https" no início do endereço, se há canais de atendimento visíveis e se o CNPJ da empresa é verdadeiro. Em redes sociais, desconfie de vendedores que só aceitam PIX ou transferência e que não têm avaliações ou histórico.

Outra dica é evitar clicar em links enviados por desconhecidos ou que chegam por mensagens suspeitas. Muitos golpes começam com links falsos que direcionam para páginas que imitam lojas verdadeiras. Sempre busque o site direto no navegador.

Em resumo, a internet trouxe praticidade, mas também exige atenção redobrada. Com informação e cautela, é possível comprar online com mais segurança e evitar prejuízos.

- Lariana Cogo é formada em Direito desde 2012 e sócia do escritório Cogo Advocacia. 

Para sugerir um conteúdo, entre em contato: seumomentojuridico@gmail.com