Reprodução freepik

Comprar ou vender um carro entre pessoas físicas parece simples: você paga, a outra parte entrega o veículo, e pronto. Mas, na prática, muita coisa pode dar errado se não houver um contrato bem feito entre as partes.

O contrato é um documento que registra tudo o que foi combinado: valor, forma de pagamento, data da entrega do veículo, situação do carro, entre outros pontos importantes. Ele serve para proteger tanto quem compra quanto quem vende, evitando confusões e problemas futuros.

Sem um contrato, se o comprador deixar de pagar, por exemplo, o vendedor pode ter dificuldades para cobrar. Da mesma forma, se o carro apresentar defeitos que foram omitidos na negociação, o comprador poderá ter prejuízos, caso não tenha provas do que foi acordado.

Outro ponto importante é que, mesmo depois da venda, o antigo dono pode continuar recebendo multas, se o comprador não transferir o veículo. Com o contrato em mãos, é possível comprovar a data da venda e se proteger de responsabilidades indevidas.

Além disso, o contrato ajuda a esclarecer situações em caso de ações judiciais. Ele pode ser apresentado como prova caso uma das partes descumpra o que foi combinado.

Fazer um contrato não precisa ser complicado. Um modelo simples, assinado pelas partes e com firma reconhecida, já traz segurança. E, quando possível, é recomendável contar com a ajuda de um advogado para garantir que todos os pontos importantes estejam cobertos.

Em resumo, o contrato é uma garantia de que o que foi combinado será respeitado. Em tempos em que a confiança muitas vezes não é suficiente, formalizar a venda por escrito é uma atitude inteligente e necessária.

- Lariana Cogo é formada em Direito desde 2012 e sócia do escritório Cogo Advocacia. 

Para sugerir um conteúdo, entre em contato: seumomentojuridico@gmail.com