A defesa de Jair Bolsonaro (PL) classificou como ilógica a sugestão de que o ex-presidente fosse pedir asilo político ou tentar fugir do país quando decidiu passar duas noites na Embaixada da Hungria. "Diante da ausência de preocupação com a prisão preventiva, é ilógico sugerir que a visita do peticionário à embaixada de um país estrangeiro fosse um pedido de asilo ou uma tentativa de fuga", afirmaram os advogados em manifestação enviada ontem ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A defesa também argumentou que as conclusões tiradas após a revelação da estadia pelo jornal The New York Times são "equivocadas". Moraes pediu a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre as explicações. A PGR tem até cinco dias para se manifestar. O ministro só vai analisar o caso após receber o parecer. (UOL) Paulo Gonet, procurador-geral da República, vai se dedicar pessoalmente para analisar a estadia de Bolsonaro na embaixada húngara, conta Lauro Jardim. O caso é um daqueles "mais sensíveis", que o PGR chama para si, de acordo com interlocutores. (Globo) Carlos Bolsonaro foi quem visitou Bolsonaro em 13 de fevereiro na embaixada húngara. O vereador disse a aliados que ficou no local por meia hora para ver o pai, pois não frequenta a casa do ex-presidente em Brasília devido a uma "questão pessoal", conta Bela Megale. Ele é rompido com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. (Globo) Enquanto isso... aliados de Bolsonaro acreditam que Moraes trabalha com um prazo para colher provas e prender o ex-presidente: julho. Membros do PL avaliam que uma medida mais grave, como a prisão preventiva, viria antes do início da propaganda eleitoral, em agosto, para não ser interpretada como perseguição política, turbinando candidaturas da sigla, conta Paulo Cappelli. (Metrópoles) Bruno Boghossian: "Escapar de uma ordem de prisão é a principal motivação das jogadas recentes de Bolsonaro. É preciso engolir as desculpas esfarrapadas da defesa de Bolsonaro para acreditar que nada suspeito aconteceu na embaixada. A sorte do ex-presidente é que ele não será julgado por falta de lógica". (Folha) Em passagem por São Paulo, o presidente francês, Emmanuel Macron, classificou ontem como "péssimo" o acordo comercial entre União Europeia e Mercosul e reiterou que não pode defendê-lo como está. Para ele, como as negociações começaram há 20 anos, o texto se tornou obsoleto para enfrentar desafios como as mudanças climáticas e a preservação da biodiversidade. (Valor) Macron vai hoje ao Palácio do Planalto discutir com o presidente Lula o acordo e outros pontos de discordância com o Brasil, como a Guerra da Ucrânia. (g1) Ainda ontem, durante o batismo e lançamento ao mar do submarino Tonelero, em Itaguaí (RJ), Macron afirmou, ao lado de Lula, que os dois países devem fortalecer seu poderio militar para não serem "lacaios de outros" e atuarem na manutenção da paz mundial. (Folha) Lula aproveitou a ocasião para fazer novo aceno aos militares. E afirmou que tem "carinho" pelas Forças Armadas e defendeu que sejam "altamente qualificadas" como forma de "garantir a paz". (Globo) E as fotos de Macron e Lula em Belém renderam memes, comparando as imagens a um ensaio fotográfico pré-casamento. (g1) Apesar de o presidente Lula ter vetado eventos alusivos aos 60 anos do golpe militar, o PT divulgou nota afirmando que vai apoiar e participar de atos críticos ao início da ditadura. Há manifestações previstas para os dias 31 de março e 1º de abril em diversas cidades. Também há uma articulação para que a bancada da sigla na Câmara cobre a retomada do funcionamento da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos, criada em 1995 e extinta no final de 2022. (Globo) Meio em vídeo. Na semana dos 60 anos do golpe de 1964, Pedro Doria recebe, no Conversas com o Meio, Míriam Leitão, presa e torturada grávida durante o regime militar. A jornalista, que relança o livro Tempos Extremos (Intrínseca) 10 anos depois, detalha o contexto do Brasil no início da década de 1970 e o período em que esteve sob custódia dos militares. Ela também comenta os atos golpistas do 8 de Janeiro sob a perspectiva de quem foi vítima do último regime de exceção brasileiro. (YouTube) Mais Meio em vídeo. Lula proibiu o governo de falar dos 60 anos do golpe. Ele não está apenas cometendo um erro, está também se omitindo. Nunca o Brasil precisou tanto de uma campanha cívica para explicar com clareza o que é ditadura e o que é democracia. Por que a esquerda no poder não quer fazer isso? Confira o que pensa Pedro Doria no Ponto de Partida. (YouTube) Acusados de encomendar a morte de Marielle Franco, os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão foram transferidos da Papuda, no Distrito Federal, para dois presídios federais diferentes. O primeiro, que é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio, vai para a penitenciária de Porto Velho (RO), Chiquinho, deputado recém-expulso do União Brasil, foi levado para Campo Grande (MS). O motivo da transferência não foi divulgado. (UOL) A Justiça do Distrito Federal recebeu denúncia apresentada pelo Ministério Público e tornou o filho "zero quatro" de Jair Bolsonaro (PL), Jair Renan Bolsonaro, réu por falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro juntamente com outras cinco pessoas. Segundo a denúncia, eles forjaram uma declaração de faturamento de uma empresa de Jair Renan para obter empréstimos bancários. A defesa afirma que ele foi "vítima de um golpe". (g1) Depois que Javier Milei, presidente da Argentina, chamou Gustavo Petro, presidente da Colômbia, de "assassino terrorista", o governo colombiano expulsou todo o corpo diplomático argentino de seu país. A declaração de Milei foi dada em entrevista ao programa Oppenheimer Presenta, da CNN en Español. "As expressões do presidente argentino deterioraram a confiança da nossa nação, além de ofenderem a dignidade do presidente Petro, que foi eleito democraticamente", disse o governo da Colômbia em comunicado. (CNN Brasil) |
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