Elon Musk e Alexandre de Moraes. Esses foram os dois nomes mais citados na manifestação em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro, organizada pelo pastor Silas Malafaia, na praia de Copacabana, no Rio. Em seu discurso, Bolsonaro exaltou Musk, dono do X, que definiu como "um homem que teve a coragem de mostrar para onde a nossa democracia estava indo" e a quem pediu uma salva de palmas. O ex-presidente não mencionou Moraes diretamente. Repetindo o que falou na Av. Paulista há dois meses, negou responsabilidade pela minuta para um golpe de Estado e defendeu anistia a quem participou dos atos de 8 de janeiro. Os ataques ao ministro do Supremo Tribunal Federal ficaram por conta de Malafaia. "Alexandre de Moraes é uma ameaça à democracia", afirmou o pastor, que chamou o inquérito das fake news de "aberração jurídica". Malafaia ainda criticou Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, chamando-o de "frouxo, covarde, omisso" por não abrir um processo de impeachment contra Moraes. Além disso, defendeu que os chefes de Exército, Marinha e Aeronáutica deveriam renunciar a seus cargos até que o Senado fizesse "uma investigação profunda" sobre a tentativa de golpe. (UOL) O ato teve presença de 32,7 mil pessoas, segundo o grupo de pesquisa Monitor do Debate Político, da USP. O número equivale a 18% dos 185 mil presentes na manifestação na Paulista e a metade dos 65 mil que foram a Copacabana no Sete de Setembro de 2022. (Globo) Enquanto isso, a Polícia Federal informou a Moraes que o X permitiu a transmissão de conteúdo ao vivo de perfis bloqueados por determinação da Justiça. As informações foram anexadas ao processo que investiga a conduta de Musk. Entre as contas bloqueadas que fizeram transmissões estão as de Allan dos Santos, do senador Marcos do Val e dos comentaristas Paulo Figueiredo Filho e Rodrigo Constantino. O delegado Fábio Alvarez Shor afirmou que "identificou-se que o recurso 'Espaços' (Spaces) está sendo utilizado para permitir que usuários brasileiros da plataforma X possam interagir com pessoas que tiveram seus perfis bloqueados por decisão judicial". (Folha) Já a Defensoria Pública da União (DPU) ingressou na Justiça Federal da 1ª Região pedindo que o X seja condenado a pagar uma indenização de R$ 1 bilhão por dano moral coletivo e danos sociais causados ao Brasil, segundo Mônica Bergamo. A ação sustenta que Elon Musk cometeu violações graves contra o Estado democrático de Direito ao incitar o descumprimento de decisões judiciais. (Folha) No caminho contrário de Malafaia, o ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, falou ao blog de Julia Duailibi, e afagou Rodrigo Pacheco. "O presidente [Lula] tem uma relação aberta e transparente com Pacheco. Ele o considera a figura com a maior estatura política de Minas Gerais no nosso campo e que vai cumprir uma importante posição (na eleição de 2026)." Padilha também disse que não há crise na relação do governo com o Congresso. "Qualquer dificuldade de relação, diálogo, está absolutamente superada." Sobre uma eventual reunião com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para apaziguar as relações, Padilha disse que "seu gabinete está aberto". (g1) Uma nova pesquisa Ipec aponta que, entre oito áreas de atuação, o governo do presidente Lula só tem mais avaliação positiva que negativa em uma: a Educação. Para 38% dos entrevistados, os resultados da pasta do ministro Camilo Santana são "bons" ou "ótimos", contra 31% que os classificaram como "ruins" ou "péssimos" e 28% como "regulares". O controle da inflação aparece com a pior avaliação da gestão de Lula. A atuação nessa frente é "ruim" ou "péssima" para 46% dos ouvidos, enquanto 23% a consideram "boa" ou "ótima" e 28%, "regular". O outro ponto em que o governo está mal avaliado é a segurança pública, tida como "ruim" ou "péssima" por 42% dos entrevistados. O número se repete para os que consideram "ruim" ou "péssima" a atuação do governo na saúde. O Ipec entrevistou 2 mil eleitores de 129 municípios entre 4 e 8 de abril. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos, para um nível de confiança de 95%. (g1) O Ministério dos Direitos Humanos tinha um plano elaborado para marcar o aniversário de 60 anos do golpe militar. O documento foi obtido pela Folha e não está claro se chegou a ser submetido ao presidente Lula antes que ele vetasse qualquer evento ou declaração sobre a efeméride. No plano, estão detalhadas algumas das ideias a serem realizadas ao longo de 2024. Uma delas era levar o ministro Silvio Almeida ao programa Altas Horas, da TV Globo, e ao Que História é Essa, Porchat?, do GNT, além da produção de um vídeo pelo Porta dos Fundos, para atingir o público mais jovem. Também se pretendia transformar a Casa da Morte, em Petrópolis (RJ), e uma unidade do DOI-Codi em memoriais. Um grande evento no Museu Nacional, em Brasília, para cerca de 700 pessoas, também seria organizado. (Folha) O exército israelense concluiu uma operação de dois dias no campo de refugiados de Nur al-Shams, na Cisjordânia, disseram membros das Forças de Defesa de Israel à CNN. Pelo menos 14 pessoas, incluindo uma criança e um adolescente, foram mortas na operação, segundo o Ministério da Saúde palestino. Israel diz que matou 10 terroristas. Após uma reunião do gabinete de guerra israelense para discutir os esforços para libertar os reféns ainda detidos em Gaza, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, acusou o Hamas de rejeitar propostas para um acordo e disse que, em breve, Israel vai desferir "golpes adicionais e dolorosos" e aumentar a "pressão militar e política" sobre o grupo terrorista. (CNN) Yuval Noah Harari: "Nos próximos dias, Israel tomará decisões políticas históricas que desenharão seu destino e o da região por gerações. Benjamin Netanyahu e seus parceiros no governo, infelizmente, provaram repetidamente não ter a qualificação necessária para tomar essas decisões. As políticas que abraçaram por muitos anos já trouxeram Israel próxima à destruição. Até agora, não mostraram arrependimento pelos erros passados e nenhum sinal de que cogitem mudar a direção. Se seguirem ditando a política, podem levar não só Israel como todo o Oriente Médio a um cenário catastrófico. Ao invés de correr para uma guerra contra o Irã, deveríamos antes aprender as lições dadas pelos fracassos israelenses nestes últimos seis meses de guerra." (Haaretz) Num raríssimo movimento de bipartidarismo, a Câmara dos Deputados americana aprovou, neste sábado, um pacote de ajuda de US$ 95 bilhões para Ucrânia, Israel e Taiwan. Foram quatro votações consecutivas até aprovar o projeto. Para seduzir a ala mais radical dos Republicanos, o presidente da Câmara, Mike Johnson, incluiu na votação uma lei que pode resultar no banimento do TikTok no país. O pacote destina US$ 60 bilhões para Kiev; US$ 26 bilhões para Israel e ajuda humanitária para civis em zonas de conflito, incluindo Gaza; e US$ 8 bilhões para Taiwan. (New York Times) Parlamentares querem dinheiroMarcelo Martinez
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