Israel bombardeou nesta madrugada (hora local) alvos iranianos, em retaliação ao amplo ataque de drones e mísseis realizado por Teerã no último sábado. A informação foi divulgada por fontes do governo dos EUA, enquanto Tel Aviv disse que, por enquanto, não comentaria os incidentes. O alvo seria a região de Isfahan, uma das principais cidades do Irã, onde há instalações militares e centros de pesquisa nuclear. A mídia estatal iraniana disse que as defesas antiaéreas do país abateram três drones, cuja destruição teria provocado as explosões ouvidas na cidade. Nenhum dano em larga escala foi notificado. O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, conversou com o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, horas antes do ataque, mas não está claro se a ação israelense chegou a ser discutida explicitamente. Fontes dizem que a Casa Branca chegou a ser informada dos planos de bombardeio ao Irã, mas disse não os apoiar. De acordo com especialistas militares, o ataque foi uma "mensagem calculada" ao Irã: mirou alvos estratégicos, mas sem poder de fogo para causar grandes estragos. Em função disso, dizem analistas políticos, é provável que a fase de confronto direto entre Tel Aviv e Teerã esteja temporariamente encerrada. (CNN) A relações entre Irã e Israel são tensas desde a Revolução Islâmica de 1979, mas atingiram um novo patamar após os atentados terroristas cometidos em 7 de outubro pelo Hamas, grupo islâmico apoiado por Teerã. No último dia 1º, um bombardeio atribuído a Israel destruiu o consulado iraniano em Damasco, na Síria, matando 12 pessoas, incluindo um general da Guarda Revolucionária Islâmica. (BBC) Mais cedo, os EUA vetaram uma resolução do Conselho de Segurança da ONU para reconhecer o Estado palestino. Doze membros do órgão votaram a favor da resolução, enquanto o Reino Unido, que também tem poder de veto, e Suíça se abstiveram. (CNN) Enquanto isso... O deputado democrata Mike Levin, apoiado pelo poderoso lobby do Comitê de Assuntos Públicos EUA-Israel, defendeu ontem a mudança do governo israelense, dizendo que os atuais governantes, incluindo o premiê Benjamin Netanyahu, não estão "conduzindo a uma solução pacífica" para a região. (Politico) O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, afirmou em entrevista à Folha que estava pronto para visitar o Brasil após a posse de Javier Milei, em dezembro, mas não foi convidado. "Talvez Lula tenha outras prioridades, não sei", disse. "O Brasil terá um grande impacto se a política de Lula com a Ucrânia mudar, se ele realmente quiser resolver a guerra e reconhecer a Rússia como agressora", acrescentou. Sobre a viagem do assessor especial Celso Amorim à Rússia, prevista para a semana que vem, disse que não pode "impedir ninguém de ir aonde quiser". Mas, em relação a uma participação de Lula no encontro do Brics, em outubro, no território russo, a resposta foi outra: "Seria um grande erro. Temos que isolar politicamente Vladimir Putin. Ele precisa sentir que cometeu um erro histórico ao invadir a Ucrânia. Quando você vai até ele, você o reconhece". (Folha) O Supremo Tribunal Federal (STF) reagiu ao relatório Ataque Contra Liberdade de Expressão no Exterior e o Silêncio da Administração Biden: o Caso do Brasil, divulgado por uma comissão do Congresso dos Estados Unidos, com várias decisões sigilosas do ministro Alexandre de Moraes. O documento contém ordens judiciais enviadas ao X para derrubada de perfis e conteúdos, mas sem a fundamentação da decisão. Em nota, a assessoria da Corte esclareceu que "não se tratam das decisões fundamentadas que determinaram a retirada de conteúdos ou perfis, mas sim dos ofícios enviados às plataformas para cumprimento da decisão". "Fazendo uma comparação, para compreensão de todos, é como se tivessem divulgado o mandado de prisão (e não a decisão que fundamentou a prisão)", diz a nota, acrescentando que "todas as decisões tomadas pelo STF são fundamentadas, como prevê a Constituição, e as partes, as pessoas afetadas, têm acesso à fundamentação". O colegiado americano é presidido pelo deputado republicano Jim Jordan, ligado ao ex-presidente Donald Trump. (Folha) O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, minimizou a divulgação do documento e disse que considera o episódio uma questão interna americana. "Neste momento, é um problema de política interna dos Estados Unidos". (Veja) Dono do X, o bilionário Elon Musk afirmou ontem que "a lei violou a lei" ao compartilhar uma publicação que critica a atuação de Moraes, após a divulgação do relatório americano sobre a suposta "censura do governo brasileiro" à plataforma. O post de Musk é uma resposta a um usuário que compartilhou informações do documento. (Estadão) E o STF voltou a julgar no plenário virtual, desde o primeiro minuto de hoje, uma ação que discute se é possível bloquear por decisões da Justiça aplicativos de mensagens, como WhatsApp ou Telegram. O julgamento termina no dia 26, se não houver pedido de vista ou destaque. (g1) O presidente Lula participou ontem da reabertura do Conselho Nacional de Política Indigenista pelo Ministério dos Povos Indígenas. O conselho havia sido fechado em 2019 pelo governo Bolsonaro. Na cerimônia, Lula assinou a homologação de duas terras indígenas: Aldeia Velha (BA) e Cacique Fontoura (MT). A expectativa, no entanto, era que outras quatro áreas fossem homologadas, o que não foi possível por dificuldade de retomada dos territórios. Desde o início do governo, houve dez homologações. Essa é a etapa final do processo demarcatório, que em alguns casos se estende por décadas. Para os povos indígenas, a medida significa direitos plenos sobre as terras: posse permanente e uso exclusivo dos recursos naturais. (CNN Brasil) Os deputados do PT e do PSOL estão pessimistas quanto à possibilidade de derrubar na Câmara a PEC aprovada no Senado criminalizando o porte e a posse de qualquer entorpecente. Além de a maioria no Congresso ser conservadora, há entre os governistas o entendimento de que o Executivo quer dar prioridade à agenda econômica e não pretende gastar energia brigando por pautas de costumes. A bancada bolsonarista e parte do Centrão, por sua vez, vêm pressionando o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), a dar celeridade à tramitação da proposta, mas ainda não há data para a entrada em pauta. (Folha) O novo AtlasTony de Marco
|
COMENTÁRIOS