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Cascavel,27/04/2024

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Editorial Paraná Oeste

'Pink bonds' e licença parental: boas práticas para equidade de gênero


'Pink bonds' e licença parental: boas práticas para equidade de gênero

Como acelerar projetos e financiamentos que mudem de fato a vida das mulheres em busca da equidade de gênero? Esta é a pergunta que norteia as mesas de discussão da 68ª edição da Comissão da Situação da Mulher, na sede da ONU, em Nova York, realizada na semana do Dia Internacional da Mulher.

Representantes do México, Austrália e Islândia compartilharam, em uma sala com cerca de 200 pessoas, boas práticas de seus países, sem deixar de assumir a necessidade de avanços. De modo global, o desafio da equidade de gênero é árduo.

De acordo com o levantamento Sustainable Development Goals by 2030 o progresso precisa ser 26 vezes mais rápido para o fim da pobreza nos próximos seis anos. Para isto, segundo a ONU, informações de 48 estudos econômicos apontam a necessidade de 360 bilhões de dólares investidos por ano em práticas de equidade de gênero e empoderamento econômico, incluindo questões básicas e urgentes, como o fim da fome.

No México, as políticas para a equidade têm avançado a partir de investimentos. De acordo com Alicia Buenrostro Massieu, embaixadora do México, um dos exemplos foi o apoio do Banco Mundial no ano passado, quando uma operação de 700 milhões de dólares passou a criar ferramentas para facilitar o acesso das mulheres aos melhores empregos e reforço da segurança social. 

Já na Austrália, por exemplo, o governo passou cerca de 18 meses ouvindo as mulheres para o desenvolvimento de políticas. A partir dos dados foi possível entender, por exemplo, como a maioria das pessoas solteiras responsáveis por seus filhos são mulheres e como isto afeta a segurança social delas. 

Para Guðmundur Ingi Guðbrandsson, ministro de Assuntos Sociais e Mercado de Trabalho da Islândia, a licença parental é um dos pilares fundamentais para a equidade e a continuidade das mulheres no mercado de trabalho. Por lá, ambos os pais têm direito a três meses de licença intransferível com 80% do salário, totalizando ao menos seis meses de licença. 

Na Islândia há um sistema que acompanha os diferentes salários para homens e mulheres na mesma posição. Para Ingi Guðbrandsson, o avanço pode olhar não apenas para aqueles que têm os mesmos trabalhos, como também a forma como a sociedade enxerga e remunera diferentes profissões. Já na Austrália, na primeira coleta de dados salariais no setor privado, a diferença de pagamento entre gênero é de 21%. 

Quando o microfone foi aberto para perguntas, as mulheres presentes na sala aproveitaram para reforçar o quão longe está a equidade. "Enquanto estamos discutindo aqui em Nova York, o feminicídio continua matando as mulheres do meu país", disse uma jovem mexicana se referindo ao caso de duas mulheres mortas por um homem na Universidade de Tecnologia de Guadalajara. A embaixadora do México concordou e completou com a visão sobre a dificuldade de diminuir a violência no país, especialmente em áreas dominadas por cartéis.

A violência contra as mulheres impacta diretamente nos investimentos em saúde, cuidado das famílias e trabalho. É preciso uma visão completa para que a pauta de gênero tenha melhores orçamentos nos governos e a promoção necessária de mudança.










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