Neste feriado do Dia do Trabalho, em ato organizado pelas centrais sindicais em São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um pedido de votos explícito ao pré-candidato Guilherme Boulos (PSOL), o que é proibido pela legislação eleitoral em período de pré-campanha. O Palácio do Planalto decidiu apagar das redes sociais oficiais do governo federal o vídeo do ato, organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outras lideranças no estacionamento da Neo Química Arena, estádio do Corinthians, na Zona Leste da capital paulista. A gravação estava hospedada no YouTube do CanalGov, mas foi deletada. A mesma transmissão, porém, segue disponível no perfil pessoal de Lula no YouTube. Adversários como o MDB, partido de Ricardo Nunes, Marina Helena (Novo) e Kim Kataguiri (União Brasil) anunciaram a intenção de recorrer à Justiça contra o presidente e o pré-candidato do PSOL. Durante o discurso, Lula referiu-se a Boulos como candidato, embora o período oficial de convenções e registros de candidatura só se inicie em julho. A Presidência da República e a campanha de Boulos ainda não se pronunciaram sobre o assunto. (Estadão) Neste 1º de Maio, Lula sancionou o reajuste da tabela do Imposto de Renda. O Projeto de Lei (81/2024) altera os valores da tabela progressiva mensal do IR. Agora, a faixa de isenção foi estendida para quem ganha até dois salários mínimos (R$ 2.824). "Eu prometi a vocês que, até o final do meu mandato, salários de até R$ 5 mil não terão imposto de renda, e a palavra continua em pé. A partir de hoje, quem ganha R$ 2.824 paga zero de imposto de renda, e nós vamos chegar a R$ 5 mil", disse o presidente. O teto de isenção estava em R$ 1.903,98 desde 2015 e subiu, no ano passado, para R$ 2.640. A extensão para dois salários mínimos já estava valendo por meio de medida provisória, aprovada pelo Congresso no mês passado. Agora, com a sanção, deixa de ser MP e passa a ser lei. (Folha) Ainda no discurso, Lula exaltou a reforma tributária, cuja primeira proposta de regulamentação foi entregue à Câmara dos Deputados pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na última sexta-feira (26). O presidente ainda elogiou a redução de atritos com o Congresso, que aprovou "todos os projetos de acordo com os interesses do governo" por "competência dos ministros e deputados que aprenderam a conversar em vez de se odiarem". Apesar da tentativa de minimizar o clima tenso em relação à popularidade de seu governo, Lula criticou a organização do ato, que teve um número baixo de público e começou pouco depois das 10h. A fala do presidente estava prevista para o meio-dia, mas atrasou duas horas. (Globo) E protestos marcaram o Dia do Trabalho mundo afora. Na Turquia, dezenas de manifestantes foram detidos pelas forças de segurança quando tentavam chegar à Praça Taksim, em Istambul. Mais de 42 mil policiais foram chamados para proteger o emblemático espaço, segundo o ministro do Interior, Ali Yerlikaya. Ele alegou que as "organizações terroristas – de oposição ao governo Erdogan – querem fazer do 1º de Maio um campo de ação e propaganda". Também foram registrados confrontos em protestos nas Filipinas, onde há reivindicação de melhores salários. Outros atos de grande porte foram registrados na Coreia do Sul, em Taiwan e na Indonésia. (g1) Em meio ao processo de sua cassação, o senador Jorge Seif(PL-SC) se encontrou com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, na tentativa de preservar seu mandato. Conforme publicado na coluna de Bela Megale no Globo, Seif, que anteriormente era crítico à atuação do Judiciário, baixou o tom antes de seu julgamento no TSE. Segundo a colunista, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, facilitou o encontro entre Seif e Moraes e argumentou com ministros do TSE e do STF sobre os possíveis danos à corte caso Seif fosse cassado. O relator do caso, Floriano Azevedo, inicialmente a favor da cassação, mudou de posição e recomendou a absolvição de Seif no dia do julgamento. (Globo) Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, voltou a criticar na terça-feira a judicialização da desoneração da folha de pagamentos, classificando a decisão como "erro primário". No entanto, minimizou os recentes embates com o governo e disse que as "divergências" entre os Poderes serão resolvidas "uma a uma". No mesmo dia, Pacheco cancelou um almoço que teria com ministros para "discutir a relação" do Legislativo com o Executivo. (g1) Meio em vídeo. Existe um "bolsonarismo moderado"? Não, não existe. É um oxímoro, uma contradição em termos. O diretor de jornalismo do Meio, Pedro Doria, explica o termo no Ponto de Partida. (YouTube) Mais Meio em vídeo. É impossível pensar que o bolsonarismo vai se submeter ao jogo democrático, mas a direita brasileira precisa pensar em se distanciar do ex-presidente e de seus projetos autoritários. No #MesaDoMeio desta semana, Pedro Doria, Mariliz Pereira Jorge e Christian Lynch debatem o tema. Assista! (YouTube) Meio errou. Na edição de terça-feira, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, foi incorretamente chamado de Pedro Teixeira. Pedimos desculpas. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que não aceitará qualquer acordo para recuperar os reféns israelenses capturados pelo Hamas, caso isso implique um cessar-fogo definitivo na Faixa de Gaza. O comentário foi feito durante uma reunião privada com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em um momento em que o grupo palestino está analisando os termos de um possível acordo diplomático e tem reiterado a necessidade do fim da ação militar na região. (CNN Brasil) Para ler com calma. Nesta quarta, o ex-presidente americano Donald Trump apontou falhas na liderança de Netanyahu em relação ao massacre de 7 de outubro. Em entrevista à revista Time, Trump criticou a incapacidade de Israel em evitar o ataque do Hamas, apesar da tecnologia sofisticada disponível no país. (Time) |
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