O clima esquentou nesta segunda-feira no Supremo Tribunal Federal (STF), no primeiro dia de depoimentos das testemunhas de acusação no processo sobre a tentativa de golpe após as eleições de 2022. O ministro Alexandre de Moraes deu uma bronca no ex-comandante do Exército na gestão de Jair Bolsonaro, general Marco Antônio Freire Gomes, por entender que o militar expôs ao Supremo uma versão diferente da apresentada à Polícia Federal na fase de investigação. Ao STF, Gomes Freire confirmou ter participado de uma reunião em que Bolsonaro exibiu uma minuta golpista, mas minimizou o documento e disse não ter visto conluio do comandante da Marinha no apoio à tentativa de golpe. “Ele apresentou esses considerandos, todos eles embasados em aspectos jurídicos, dentro da Constituição. Não nos causou espécie”, disse. “Se mentiu para a Polícia Federal, tem que dizer que mentiu para a Polícia”, afirmou Moraes, após interromper o general. Freire Gomes respondeu: “Após 50 anos de Exército, jamais mentiria.” (Folha) Antes do depoimento de Freire Gomes, o ex-coordenador de inteligência da Polícia Rodoviária Federal, Adiel Alcântara, afirmou ter recebido ordem da Diretoria de Operações da PRF para que sua equipe reforçasse as abordagens a ônibus e vans nas eleições de 2022. (g1) Na quinta-feira, a Primeira Turma do Supremo vai analisar a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra 11 militares e um agente federal suspeitos de participação no golpe. O grupo estaria encarregado das “ações coercitivas”, incluindo o sequestro e assassinato de autoridades. (Globo) A primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, rebateu as críticas de que teria cometido uma gafe em um jantar entre a comitiva brasileira e o presidente chinês Xi Jinping, durante visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China. Janja confirmou que fez críticas aos efeitos nocivos do aplicativo TikTok diretamente ao mandatário chinês. O episódio foi vazado por integrantes da comitiva brasileira e causou uma crise no Planalto. “Por mais que algumas pessoas se sintam incomodadas ou achem que não cabe a mim falar, reforço aqui meu compromisso de seguir lutando por um espaço digital respeitado, principalmente, porque me preocupo imensamente com as mulheres e crianças deste país, as principais vítimas dos crimes digitais”, afirmou, durante evento em Brasília. (UOL) A oposição aproveitou a polêmica para questionar o Planalto a respeito das viagens da primeira-dama. Ao menos oito requerimentos foram apresentados na Câmara dos Deputados pedindo informações sobre as despesas das viagens de Janja à Rússia e à China. Fabiano Lana: “Janja adentrou em terrenos perigosos de flerte com ditadores, e suas ações em território chinês não parecem ser compatíveis com quem tem a democracia como valor primeiro.” (Estadão) O Planalto já começa a demonstrar preocupação com os efeitos políticos da ligação do irmão mais velho do presidente Lula, Frei Chico, com o escândalo do INSS. Frei Chico é vice-presidente do Sindicato dos Aposentados, uma das entidades investigadas no esquema de descontos irregulares. Seu nome tem sido citado em aplicativos de mensagens e redes sociais comandados por grupos de direita. Ao menos um assessor palaciano tem prestado consultoria a Frei Chico sobre como responder às acusações. E a Câmara deve votar hoje um projeto de lei que proíbe os descontos associativos de aposentados e pensionistas. (Folha). Meio em vídeo. Ou Lula, ou Tarcísio, ou Ratinho. Se você quer apostar em quem será o próximo presidente do Brasil, o mais provável é que seja um destes três nomes. Por quê? Pedro Doria explica no Ponto de Partida. (YouTube) Um dia após Israel iniciar uma nova ofensiva na Faixa de Gaza, França, Reino Unido e Canadá ameaçaram tomar “medidas concretas” contra o Estado judeu caso o país não interrompa a campanha militar e não permita a entrada de ajuda humanitária no território palestino. Em um comunicado conjunto, os três países afirmaram que não permanecerão inativos diante das ações militares de Israel, que consideram extremamente graves, mas não especificaram quais seriam as medidas que poderiam adotar. Diante da pressão internacional, o premiê israelense Benjamin Netanyahu, disse que autorizaria a entrada de alimentos em Gaza, a primeira em três semanas. (Guardian) O presidente americano Donald Trump e o russo Vladimir Putin voltaram a conversar por telefone, em mais uma tentativa dos Estados Unidos de viabilizar um acordo para o fim da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Após a ligação, que durou cerca de duas horas, Trump afirmou que os dois países iniciaram uma nova rodada de negociações com o objetivo de alcançar um cessar-fogo. Já Putin declarou que as negociações para o fim da guerra estão no “bom caminho”, mas se recusou a assumir compromisso com um cessar-fogo de 30 dias. (CNN) Em Kiev, Volodymyr Zelensky afirmou que continua aberto a manter negociações diretas com Moscou para pôr fim ao conflito, mas disse ter informado ao presidente americano que a Ucrânia não pretende recuar de suas posições dentro de seu próprio território. O presidente ucraniano declarou ainda que espera que as novas rodadas de negociação com a Rússia incluam representantes dos Estados Unidos e de países europeus. (New York Times) |
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