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Cascavel,09/05/2025

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Leão XIV, o papa americano que promete ‘construir pontes’


Leão XIV, o papa americano que promete ‘construir pontes’

A Igreja Católica tem um novo – e para muitos inesperado – líder. Robert Francis Prevost, nascido há 69 anos em Chicago, assumirá o Trono de São Pedro com o nome de Leão XIV. É o primeiro papa dos Estados Unidos, o segundo das Américas, após seu antecessor Francisco. Eram pouco mais de 13h (hora de Brasília) quando a fumaça branca saiu da chaminé da Capela Sistina e levou ao delírio a multidão que ocupava a Praça São Pedro. Em um italiano praticamente impecável e sob os aplausos e gritos do público, Leão XIV leu a tradicional mensagem Urbi et Orbi (À Cidade [de Roma] e ao Mundo - íntegra com legendas) evocando diversas vezes Francisco, que o fez cardeal, lembrando o amor de Deus e pregando uma “paz desarmada e desarmante”. “Temos de buscar juntos sermos uma igreja missionária. Uma igreja que constrói pontes e diálogo” afirmou.  (CNN)

“Ianque Latino”. O apelido que o agora papa Leão XIV ganhou no Vaticano é mais do que justo. Robert Prevost nasceu em Chicago em 1955 em uma família profundamente católica de ascendência francesa, italiana e espanhola. Ordenou-se padre em 1982, integrando a Ordem de Santo Agostinho, e atuou na mesma igreja que frequentava desde menino, até ser enviado, em 1985, para uma missão de dois anos em Piura, uma das maiores cidades do Peru. Voltou ao país em 1988, onde ficou por 11 anos, até retornar para Chicago e assumir o comando dos Agostinianos. Francisco, de quem era muito próximo, o mandou de volta ao Peru, agora para a diocese de Chiclayo, onde se tornou bispo. Sua atuação lá, especialmente em defesa dos mais pobres, lhe valeu o apelido de “Santo do Norte”, e seus laços com o país o levaram a adotar também a cidadania peruana. Mas foi acusado (e depois inocentado) de acobertar casos de abusos por padres. Até o início do conclave, ocupava no Vaticano o poderoso cargo de prefeito do Dicastério para os Bispos, que avalia quais clérigos podem ser promovidos. (Jornal Nacional e AP)

Por suas ações e palavras ao longo da carreira eclesiástica, Leão XIV promete ser muito semelhante a Francisco, mas não igual. “Um bispo não deve ser como um príncipe em seu reino, mas sim humilde, próximo do povo a que serve. Deve caminhar com eles, sofrer com eles”, disse em uma entrevista em outubro. Como seu antecessor, tem uma posição firme em defesa dos imigrantes e na cobrança de proteção ao meio ambiente, mas suas visões sobre comportamento são mais alinhadas com a doutrina rígida da Igreja. Já criticou a forma simpática como a mídia mostra famílias de pessoas do mesmo sexo com filhos adotivos – “crenças e práticas que divergem dos Evangelhos”. (Washington Post)

Donald Trump disse que a eleição do primeiro papa nascido nos Estados Unidos é “uma grande honra” e que não vê a hora de se encontrar com ele. O vice JD Vance, que se converteu ao catolicismo em 2019, também elogiou a escolha. Mas a relação do pontífice com a Casa Branca, ao menos online, não é das melhores. Uma conta no X em nome de Prevost criticou a política de deportações de Trump e reagiu a uma entrevista do vice. “JD Vance está errado. Jesus não nos pede para hierarquizar o amor ao próximo”, diz o texto. O Vaticano não confirmou se a conta realmente pertence ao novo papa. (BBC)

Líderes mundiais saudaram a eleição de Leão XIV. O presidente Lula parabenizou o pontífice e pediu a continuidade da obra de Francisco. O francês Emmanuel Macron disse ser “um dia histórico para os católicos”, enquanto Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, desejou um pontificado “guiado com sabedoria e força”. (UOL)

Mas por que Leão? Em entrevista ao Central Meio, o historiador Bruno Antunes de Cerqueira, especialista na história da Igreja, conta que o último pontífice a usar esse nome, Leão XIII, que reinou de 1878 a 1903, ganhou a alcunha de Papa dos Operários. “É nítido que o novo papa quer se filiar à tradição do último Leão, que, aliás, era muito ligado ao Brasil”, disse, lembrando que o pontífice atuou de maneira incisiva pela Abolição e que sua encíclica Rerum Novarum (Das Coisas Novas), de 1891, defendeu os direitos dos trabalhadores, criticou ao mesmo tempo o capitalismo selvagem e o socialismo e se tornou a base da hoje chamada doutrina social da Igreja. (YouTube)

Usando a cruz que pertenceu a Bento XVI, Leão XIV celebrou nesta manhã na Capela Sistina sua primeira missa como papa. (Folha)

E como nas redes nem o sagrado é sagrado, a escolha do novo papa rendeu diversos memes. (Poder360)

David Gibson: “Com a eleição de Leão XIV, o Colégio de Cardeais mandou uma clara mensagem de continuidade da agenda reformista de seu antecessor. Mas, a despeito da reputação de Leão de uma personalidade mais calma e disciplinada que a de Francisco, a ira conservadora que atingiu o catolicismo no pontificado anterior deve continuar com o novo papa”. (New York Times)

Rodrigo Coppe Caldeira: “Reconhecido por abordagem pastoral equilibrada, experiência missionária e administrativa, Prevost aponta para um papado atento aos dilemas globais e às diversas realidades da Igreja. Sua eleição, como primeiro papa americano e agostiniano, dá mais um passo para uma nova configuração do centro e das margens no catolicismo global”. (Folha)

Fiéis esperam que novo papa siga legado de Francisco

Marcelo Martinez

Você lembra do #MeToo? O movimento que sacudiu o mundo ao dar visibilidade a casos de assédio e violência sexual contra mulheres levou a discussão para outro nível com esta série. #MeToo...E agora? envolve homens e mulheres de todas as gerações em um diálogo que investiga o que mudou e o que ainda precisa mudar. Dica de ouro para aproveitar o final de semana. Assine o Meio Premium, assista essa produção e o catálogo completo do nosso streaming.

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Política

A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu nesta quinta-feira o bloqueio das contas de 12 associações suspeitas de envolvimento nas fraudes em descontos de aposentadorias e benefícios do INSS, mas deixou de fora da lista quatro entidades investigadas pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU). Entre elas o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi), que tem como vice-presidente José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Lula (PT). Segundo a AGU, as 12 entidades foram alvo da ação devido a fortes indícios de “terem sido criadas com o único propósito de praticar fraudes” e de pagarem propina a agentes públicos. (Folha)

Como se o desgaste externo pela revelação das fraudes, que vinham desde 2016 e se acentuaram de 2021 para cá, não fosse grave o suficiente, o governo enfrenta ainda uma crise interna devido às críticas do ministro da Casa Civil, Rui Costa, à CGU por, segundo ele, não ter alertado a cúpula do governo sobre as fraudes. A declaração, conta Renata Agostini, irritou tanto o corregedor-geral Vinícius Carvalho quanto o ministro da Secretaria de Comunicação, Sidônio Palmeira. (Globo)

E os aposentados e pensionistas que tiveram descontos nos benefícios vão ser notificados na próxima terça-feira, por meio do aplicativo Meu INSS, para que informem se autorizaram esses débitos ou se foram vítimas de fraude. O instituto ainda não informou a partir de quando será feito o ressarcimento. O presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, determinou ainda o bloqueio de novos descontos de empréstimos consignados em aposentadorias e benefícios. (g1)

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) vai realizar, de hoje até terça-feira, uma sessão virtual para analisar a decisão da Câmara trancando o processo no Supremo contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ). Ex-diretor da Abin, o parlamentar é réu no processo sobre a tentativa de golpe de Estado após a derrota eleitoral de Jair Bolsonaro (PL) em 2022, mas, na última quarta-feira, a Câmara aprovou a toque de caixa uma resolução suspendendo a ação. De acordo com a Constituição, a Câmara tem ingerência sobre processos envolvendo crimes cometidos após a diplomação do parlamentar, mas, de acordo com o STF, apenas duas das cinco acusações contra Ramagem, não o processo inteiro, seriam enquadradas por essa norma. (g1)

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, deixa hoje o PSDB e assina a ficha de filiação ao PSD em uma cerimônia em São Paulo com a presença de Gilberto Kassab, presidente da legenda e secretário de Governo e Relações Institucionais do governo paulista. Leite abandona o ninho tucano, após 24 anos, afirmando que o partido “deixou de existir” da forma como foi concebido após o anúncio da fusão com o Podemos, aprovada pela cúpula da legenda no último dia 29. (InfoMoney)

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Cultura

Sextou e, como já está se tornando tradição, está na hora das melhores pedidas para o fim de semana no Rio e em São Paulo. Para os paulistanos, Catto, FBC, Paulinho Moska, Fat Family, Marina Lima e Arnaldo Antunes se apresentam, a partir das 19h de domingo, na 5ª Feira Nacional da Reforma Agrária. Já o Rio vai ter uma dobradinha de deusas de música. A gigante da bossa Alaíde Costa lança hoje, no Teatro Rival, seu novo disco, Uma Estrela para Dalva, homenagem a Dalva de Oliveira (1917-1972), uma das mais importantes cantoras e compositoras da música brasileira. Mas isso não é tudo. Leia todas as sugestões em nosso site. As dicas de cultura são uma parceria do Meio com a newsletter Ladrilho Hidráulico.

A Bienal do Livro, que acontecerá no Rio de Janeiro entre 13 e 22 de junho vai contar com a presença do sul-coreano Kim Ho-yeon, autor do best seller A Inconveniente Loja de Conveniência e tido como um dos expoentes em seu país da chamada “literatura de cura”. Kim, que vem pela primeira vez ao Brasil, já tinha outros livros e era roteirista de filmes e quadrinhos quando, em 2012, A Inconveniente Loja capturou os corações dos coreanos, vendendo mais de um milhão de exemplares, ao contar a história de um morador de rua que ganha um emprego em um mercadinho ao impedir que uma senhora tenha a bolsa roubada. Os ingressos para a Bienal já estão à venda.  (Folha)

Começam ao meio-dia de hoje as inscrições para o Prêmio Pallas de Literatura 2025, voltado para escritores negros. Para concorrer, os autores devem preencher a ficha no site oficial e enviar até o dia 30 de junho uma obra inédita em formato pdf entre 100 mil e 500 mil caracteres e sem qualquer forma de identificação de autoria. A obra vencedora será publicada em 2026, e seu autor ganhará também uma mentoria com o escritor Henrique Rodrigues, curador do prêmio. Vencedor da edição de 2024, Água de Maré, de tatiana nascimento (que assina com minúsculas), está sendo lançado pela Editora Pallas.

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Cotidiano Digital

A Justiça de Goiás proibiu, em decisão liminar, que a Amazon continue exibindo anúncios publicitários no Prime Video para clientes que assinaram o serviço antes da mudança nos termos, em abril. A empresa também não poderá cobrar os R$ 10 adicionais exigidos para assistir a filmes e séries sem interrupções. Essa decisão atende a um pedido do Ministério Público estadual, que acusa a plataforma de alterar unilateralmente o contrato com os usuários, em uma prática considerada abusiva e semelhante à venda casada. Além disso, a empresa também deverá abrir canais específicos de atendimento e comunicar os usuários afetados. Em caso de descumprimento, a multa diária é de R$ 50 mil, limitada a R$ 3 milhões. (Globo)

Os pedidos de respostas curtas ou resumidas podem estar sabotando a precisão de respostas geradas por inteligência artificial. É o que aponta um estudo da Giskard, empresa francesa especializada em testes de IA. Segundo os pesquisadores, instruções que pedem respostas concisas, especialmente sobre temas ambíguos, aumentam a probabilidade de “alucinações”, nome dado a respostas factualmente incorretas, mas expressas com aparente segurança. A explicação é que, ao reduzir o espaço para resposta, falta margem para que a IA identifique premissas erradas. O estudo analisou modelos como o GPT-4o da OpenAI, o Mistral Large e o Claude 3.7 Sonnet, da Anthropic. (TechCrunch)

Meio em vídeo. Uma briga entre as adolescentes Duda Guerra e Antonela Braga, no TikTok, virou debate — mas a discussão importante não é sobre ciúmes nem seguidores. É sobre como estamos normalizando a exposição precoce de crianças e adolescentes nas redes sociais, muitas vezes com o aval (e lucro) dos próprios pais. Mariliz Pereira Jorge questiona os limites da influência digital, o papel da família e a urgência de uma discussão séria sobre idade mínima para acesso à internet e proteção da infância. Assista. (YouTube)



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