Com a revelação da fraude bilionária no INSS e a demissão do ministro Carlos Lupi, o PDT, tradicional aliado do presidente Lula e do PT, rachou. A bancada pedetista na Câmara anunciou seu rompimento com o Executivo. Após uma longa reunião, da qual Lupi participou, os 17 deputados se declararam “independentes”. Horas depois, os três senadores do partido soltaram uma nota afirmando que continuam na base de apoio ao presidente Lula por terem afinidade com as políticas do governo. (Poder360) Enquanto isso, um de seus principais líderes, o ex-ministro Ciro Gomes, reunia-se no Ceará com políticos bolsonaristas e deixava no ar a possibilidade de uma aliança local em 2026 contra o PT do governador Elmano de Freitas. O PDT não deve abrir mão da candidatura ao governo do estado, mas Ciro, crítico ácido do governo Lula, destacou o deputado estadual bolsonarista Alcides Fernandes (PL), potencial candidato ao Senado, como “homem decente, como uma pessoa nova na política, homem de fé, homem de testemunho”. (Estadão) Com os efeitos políticos do escândalo do INSS fermentando, o governo busca estancar o dano de imagem por meio da devolução do dinheiro descontado irregularmente de pensões e aposentadorias. A ideia é fazer o ressarcimento de uma única vez com recursos do Tesouro e depois cobrar a fatura das associações beneficiadas pela fraude. Para receber o dinheiro de volta, porém, o beneficiário teria de comprovar que não autorizou os descontos. (Folha) A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, tornar réus mais sete denunciados por participação em uma tentativa de golpe para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder após a derrota eleitoral de 2022. O grupo, que inclui cinco militares, um civil e um policial federal, seria responsável pelas “operações estratégicas de desinformação”, propagando notícias falsas sobre o processo eleitoral e realizando ataques virtuais a instituições e autoridades. Com a decisão, chega a 21 o número de denúncias já aceitas pela Primeira Turma neste caso. (g1) A Câmara aprovou, por 268 votos a 199, a urgência para o projeto que amplia o número de deputados. Com isso, o texto pode ir diretamente ao plenário, sem tramitar pelas comissões da Casa. A proposta cria 18 novas cadeiras, quatro a mais que o inicialmente previsto, e deve ter um custo anual de R$ 64,6 milhões. A ampliação das vagas ganhou corpo depois de o STF determinar que as bancadas fossem recalculadas com base na população dos estados, o que faria diversas unidades da Federação perderem representantes. (CNN Brasil) Prisão domiciliarUma comitiva do governo Donald Trump, liderada por David Gamble, chefe interino da Coordenação de Sanções dos Estados Unidos, se reuniu nesta terça-feira com a área técnica do Itamaraty e do Ministério da Justiça. O tema foi o combate ao crime organizado. Os americanos demonstraram preocupação com a atuação do PCC e do Comando Vermelho, já presentes em 12 estados dos EUA e que usam o país para lavar dinheiro. E tornaram a pedir para que o Brasil declare as facções como terroristas. As autoridades brasileiras, no entanto, voltaram a negar essa possibilidade, já que, no Brasil, para serem acusadas de terrorismo, elas precisariam ter uma motivação de religião ou raça. (Globo) A tensão entre os vizinhos e inimigos Índia e Paquistão disparou nesta terça-feira quando mísseis indianos foram lançados contra supostas instalações de “infraestrutura terrorista” na província paquistanesa de Punjab, a mais desenvolvida e populosa do país, e em áreas da Caxemira controladas por Islamabad. O ataque aconteceu duas semanas depois de um massacre de turistas, atribuído a militantes paquistaneses, na parte da Caxemira administrada pela Índia. O governo de Nova Delhi declarou que “nenhum alvo civil, econômico ou militar” do Paquistão foi atingido. Já o governo paquistanês acusa a Índia de bombardear áreas civis e afirma ter abatido três aeronaves indianas. Esse foi o mais sério ataque desde a guerra entre os dois países em 1971. (CNN) Para ler com calma. Índia e Paquistão vivem às turras desde a independência dos dois países, em agosto de 1947, com a saída da administração colonial britânica. Pelo acordo de partilha, a área de maioria hindu seria a Índia e as regiões de maioria muçulmana seriam o Paquistão. Meses depois, os dois travaram sua primeira guerra pelo controle da região fronteiriça da Caxemira, onde vivem pessoas das duas religiões. Como Índia e Paquistão possuem arsenais nucleares, qualquer conflito entre eles é visto com temor pelo resto do mundo. (Reuters) O conservador Friedrich Merz, líder do Partido Democrata-Cristão, foi eleito chanceler (primeiro-ministro) da Alemanha pelo Parlamento. A vitória, recebida com aplausos por parlamentares das mais diferentes correntes políticas, não serviu, porém, para apagar o fato de que, horas antes, na primeira votação, ele não havia conseguido os 316 votos necessários para ser confirmado no cargo — algo que não acontecia desde o fim da Segunda Guerra. Detalhe: sua coalizão com os social-democratas soma 328 votos. Na segunda rodada, sob o impacto das reações no país e no mundo, 325 deputados votaram nele. O processo levanta dúvidas sobre a estabilidade do governo, que terá de enfrentar uma economia claudicante, a hostilidade da Casa Branca e o crescimento da extrema direita, representada pela Alternativa para a Alemanha (AfD), segundo partido mais votado nas eleições. (BBC) |
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