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Cascavel,27/07/2024

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Vander Piaia

Quanto custa a felicidade?


Quanto custa a felicidade? Reprodução Adobe Stock

Se alguém disser que dinheiro não traz felicidade, é bem possível que você esteja ouvindo da boca de um rico, ou de um pobre remediado, consolado com sua própria condição.  A ciência econômica tem um longo caso de amor com felicidade. A razão é simples: não existe nem um ser humano que sobreviva sem consumir. Consumimos alimentos todos os dias, roupas, abrigo, remédios, proteção etc; em outras palavras, nascemos consumidores e só existimos porque consumimos.

Apenas atingimos estágios de bem-estar que remetem ao conceito de felicidade caso nossas necessidades sejam satisfeitas. Não é possível dizer que se é feliz com a barriga vazia ou com fila de cobradores batendo à sua porta, tampouco passando frio ou outros desconfortos. Felizmente, nossas necessidades não são infinitas. Razão pela qual também há um limite na quantidade de dinheiro que necessitamos para chegar a tal felicidade.

Um estudo recente publicado pela universidade de Harvard apontou, como padrão médio necessário, o equivalente a uma renda mensal de R$ 29 mil para satisfazer uma pessoa, de tal modo que esteja liberta das aflições decorrentes da falta de bem-estar. Mas, calma lá. Esse valor é aplicado aos países ditos de primeiro mundo, tal como nos Estados Unidos.

Para o padrão latino-americano, estudos assemelhados apontam que uma renda mensal de R$ 9.500 ao mês é suficiente para se obter uma boa liberdade financeira.

Ter dinheiro suficiente é garantia de felicidade? Não. Satisfeitas nossas necessidades, tendo uma renda mensal considerada boa, sob o ponto de vista material, atingimos um dos pilares necessários rumo ao bem-estar. Entretanto, há muitos outros valores subjetivos, aos quais não é possível aplicar um preço, ou seja, não pode ser comprado nem vendido. Pode sim, ser cultivado, conquistado. É o caso das boas relações interpessoais, do estado de equilíbrio com a família e das situações emocionais equacionadas.

Por outro lado, existe também um grau de saturação. Quantidades cada vez maiores de dinheiro não acrescentam maior bem-estar na mesma proporção. No economês, o rendimento marginal decai!  Se o dinheiro fosse a solução para tudo, não haveria milionários infelizes, acredite, conheço muitos nessa situação!

Não há nenhum problema com as pessoas ambiciosas, que sabem fazer fortunas. Elas são importantíssimas para o sistema econômico. A questão é: quantos desses ricaços sabem fazer do dinheiro seu escravo, quantos são escravos do dinheiro?

- Vander Piaia é comentarista econômico e professor da Unioeste

 

 



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