Seja bem vindo
Cascavel,29/09/2025

  • A +
  • A -
Publicidade

Paraná é referência mundial em doação de órgãos

O Estado alcançou índices que, se fosse considerado um país, o colocaria em 3º lugar no ranking global de doadores, atrás apenas da Espanha e dos Estados Unidos


Paraná é referência mundial em doação de órgãos Foto: Albari Rosa/Arquivo AEN

No Dia Nacional da Doação de Órgãos, 27 de setembro, o Paraná tem muito a comemorar e reforça sua posição como uma das maiores referências do mundo na área. O Estado alcançou índices que, se fosse considerado um país, o colocaria em 3º lugar no ranking global de doadores, atrás apenas da Espanha e dos Estados Unidos.

De acordo com o Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), elaborado pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), o Paraná registrou 42,3 doadores por milhão de habitantes em 2024. Esse resultado representa mais que o dobro da média brasileira, de 18,6 doadores. O líder mundial em doações é a Espanha, com 49,3 doadores por milhão, e os Estados Unidos ficam em segundo com 48,04.

Em 2025, até junho, segundo dados parciais da ABTO, o Paraná aparece em 2º lugar no país com taxa de 37,9 doadores por milhão, atrás apenas de Santa Catarina (42,4). Ainda assim, esse número é mais do que o dobro da média brasileira de 19,5.

Dados da Central de Transplantes do Paraná mostram que entre janeiro e agosto de 2025 foram registrados no Estado 315 doações efetivas, 452 transplantes de órgãos, sendo 262 de rim, 162 de fígado e 20 de coração no Paraná e transplantes conjugados (rim, pâncreas ou rim/fígado).

“A decisão da doação de órgão ocorre em um momento delicado para a família do paciente. Mas o trabalho desenvolvido pelo Governo do Estado, pela Secretaria de Saúde, tem dado esse conforto aos familiares e mostrado a importância dessa doação para salvar inúmeras vidas que aguardam por um órgão”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

“Todo esse trabalho, envolvendo também uma robusta estrutura e uma logística complexa, juntamente com a solidariedade do povo paranaense, tem contribuído para esses números positivos”, destacou.

O Paraná não salva vidas apenas em seu território. Em 2024, foi o Estado que mais enviou órgãos para outras regiões do Brasil, com 150 órgãos destinados a pacientes de fora, à frente de Santa Catarina (141), Rondônia (116) e Goiás (106).

O envio acontece quando não há receptores no Paraná e a transferência é possível porque a Central Nacional de Transplantes cruza compatibilidades em todo o país para garantir que nenhuma doação se perca.

“O trabalho integrado e a estrutura que temos no Paraná, com o nosso Sistema Estadual de Transplantes, permite a análise rápida da compatibilidade e o acionamento de outras unidades fora do Estado. Nosso objetivo é salvar vidas e sabemos o quão importante é um órgão para aquela pessoa que está na fila de espera”, completou o secretário.

ESTRUTURA QUE SALVA VIDAS – O ótimo desempenho do Paraná se apoia em uma das estruturas mais completas do País. Dentro da secretaria estadual da Saúde (Sesa) existe o Sistema Estadual de Transplantes (SET/PR), coordenado pela Central Estadual de Transplantes (CET), em Curitiba.

Essa estruturação conta com quatro Organizações de Procura de Órgãos (OPOs), em Londrina, Maringá, Cascavel e Curitiba; 70 hospitais notificantes; 34 equipes transplantadoras de órgãos e 72 de tecidos; cinco laboratórios de histocompatibilidade e três de sorologia, além de três bancos de tecidos. São cerca de 700 profissionais especializados envolvido.

CONTRA O TEMPO – A logística é outro grande diferencial do Paraná. Em 2024, o Estado renovou sua frota de transporte terrestre com 18 veículos novos, fruto de investimento de R$ 1,9 milhão. Além disso, conta com um helicóptero e cinco aviões do Governo do Estado disponíveis 24 horas por dia, assegurando agilidade no transporte de órgãos e equipes médicas.

Desde 2019, já foram 708 missões aéreas, somando mais de 2 mil horas de voo. Apenas em 2025, até julho, houve 81 missões, com 248 horas de deslocamento.

“Temos uma estrutura moderna e o apoio do Governo do Estado com as aeronaves que garantem que toda a operação, da captação ao transplante, seja realizada de forma ágil, garantindo a eficiência necessária para que a cada dia possamos salvar mais vidas”, destacou Beto Preto.

MENOR RECUSA FAMILIAR – Outro fator que reforça a liderança paranaense é o baixo índice de recusa familiar. Desde 2020, o Estado mantém uma das menores taxas do Brasil. Em 2025, até junho, apenas 31% das famílias recusaram a doação, contra média nacional de 45%. O índice é resultado da capacitação contínua de equipes médicas e da abordagem humanizada junto às famílias.

Veja quais são as etapas do processo do Sistema Estadual de Transplantes do Paraná:

- Hospitais notificam pacientes com potencial diagnóstico de morte encefálica à Central Estadual de Transplantes.

- Equipes da OPOs acompanham o processo de diagnóstico para confirmar a morte encefálica e, após a confirmação, a equipe da OPO e/ou a Comissão Intra-hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) realizam a entrevista familiar.

- Uma vez autorizada a doação, a equipe médica da Central de Transplantes avalia a viabilidade clínica do paciente como potencial doador de órgãos e tecidos e, após essas etapas, se inicia a análise de compatibilidade em âmbito estadual e nacional;

- Confirmada a compatibilidade, a logística de transporte é acionada, com frota terrestre e aérea disponível 24 horas;

- Os órgãos chegam ao hospital transplantador em tempo hábil, garantindo que cada doação se transforme em uma ou mais vidas salvas.

AEN




COMENTÁRIOS

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.