Espetáculo encanta público na pré-abertura do Festival de Danças
"Lendas Brasileiras" traz para a cena contos orais da tradição brasileira, como: "A Mula Sem Cabeça", "Vitória-Régia", "Caipora", "Boto Cor-de-Rosa", "Curupira" e "Boitatá"

Os olhos da encantada plateia brilhavam e a cada movimento no palco, uma reação de entusiasmo e alegria. Foi assim a manhã de centenas de alunos das redes públicas municipal e estadual de ensino que assistiram ao espetáculo “Lendas Brasileiras”, que pela primeira vez deixou o Balé do Teatro Guaíra para uma apresentação fora de Curitiba. Uma sessão aconteceu no período da manhã e outra à tarde, com o Teatro Sefrin Filho lotado de pequenos espectadores. “Lendas Brasileiras” traz para a cena contos orais da tradição brasileira, como: “A Mula Sem Cabeça”, “Vitória-Régia”, “Caipora”, “Boto Cor-de-Rosa”, “Curupria” e “Boitatá”. O espetáculo tem direção geral e coreografia de Luiz Fernando Bongiovanni; texto e dramaturgia de Edson Bueno; trilha original de Alexandre Guerra; cenografia, bonecos e figurinos de Ricardo Garanhani e iluminação de Valdevino Guerreiro. A apresentação fez parte da pré-abertura do 33º Festival de Danças de Cascavel, o maior em número de participações. A abertura oficial acontece neste sábado (30), às 19h30, no Teatro Sefrin Filho, com nova apresentação do Balé do Teatro Guaíra. A pequena Ágata, de sete anos, explica por que gostou mais da personagem onça. “Gostei da onça porque é meu bicho preferido”. Milena, também de sete anos, não escondia a emoção de pisar pela primeira vez no Teatro Municipal Sefrin Filho. “Muito legal, tem vários animais. É muito legal porque eu nunca vim aqui”, relata. “É muito divertido e a Iara é muito bonita”, resume Ana Lucia, de sete anos. Já o Luiz gostou da Curupira e também da onça e já tem história para contar em casa. “Vou dizer que o meu personagem preferido foi a onça”. Mas não eram só as crianças que estavam animadas com o espetáculo. O secretário de Cultura, Jefferson Lobo, revelou que estava animado e ansioso para ver estrear em Cascavel o Lendas Brasileiras. “O ponto importante é a reflexão sobre a oportunidade de vida que essas crianças estão tendo. A gente sabe que cada uma tem uma experiência e uma situação de vida com suas famílias. Talvez seja a primeira e a única vez ao longo de muito tempo que eles possam ter essa oportunidade. Porém, se a gente não dá essa oportunidade, eles nunca vão desejar algo parecido para a vida deles. Talvez eles nunca queiram ter contato com a arte, com a cultura, porque não tiveram oportunidade de acessar a um espetáculo como esse. E essa magia, esse arrepio que dá quando eles estão aqui assistindo, a alegria que eles demonstram, talvez seja esse gatilho para que ao longo da vida eles busquem o conhecimento”, detalha o secretário. Luiz Fernando Bongiovanni, diretor do Balé Teatro Guaíra, diz que o espetáculo infantil está dentro das superproduções da companhia de dança. “Esse espetáculo é a primeira vez que a gente tira do Guairão. É um espetáculo infantil, está dentro dessas superproduções que a gente faz. As superproduções são mais difíceis de viajar porque são grandes, mas o pessoal daqui de Cascavel nos recebeu muito bem e foi o nosso campo de teste para ver como é que a gente empacota isso, coloca dentro do transporte, vem para outra cidade, arma tudo. Então, a gente está muito feliz de conseguir começar a descentralizar também as grandes produções agora”, afirma. Bongiovanni ressalta a importância do público infantil. “A arte e a civilidade caminham de mãos dadas, então, de certa forma, a gente poder endereçar uma produção para esses pequenos jovens cidadãos. A gente está contente de conseguir tirar do papel e efetivar essa política pública também”, observa. O 33º Festival de Dança segue até o dia 6 de outubro. Assessoria
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