A oposição conseguiu as assinaturas necessárias para protocolar o pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a fraude de R$ 6,3 bilhões no Instituto Nacional de Seguridade Social. O requerimento foi apresentada pelo deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) e teve aval de 171 parlamentares. O foco da CPI, segundo Chrisóstomo, será apurar a atuação de sindicatos, servidores e intermediários envolvidos no esquema de descontos indevidos em benefícios previdenciários. Parlamentares signatários do pedido de abertura da CPI prometem esclarecer a proposta em uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira. Investigação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União apontou que pelo menos 11 entidades sindicais teriam desviado o valor bilionário de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024. (CNN Brasil) Casa arrombada, ferrolho na porta. O governo federal publicou um despacho suspendendo todos os acordos do INSS com entidades. As fraudes aconteciam por meio de Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) pelos quais o instituto descontava diretamente das pensões e aposentadorias contribuições não autorizadas. A ação da PF levou à demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e provocou o afastamento de diretores e procuradores do órgão. (Metrópoles) As reclamações e denúncias à Ouvidoria do INSS dispararam a partir de 2022, ainda no governo de Jair Bolsonaro (PL) e seguiram crescendo no governo Lula (PT), indica levantamento. De 2018 a 2021, o número anual de queixas à Ouvidoria estava numa média de 20 mil, mas saltou 221,5% em 2022, chegando a 198,2 mil reclamações. O pico aconteceu em 2023, com 220,3 mil registros, recuando para 201,9 mil no ano passado. Apesar da redução nas queixas, o total de descontos de benefícios em 2024 foi o maior registrado, atingindo R$ 2,848 bilhoes. (Poder360) O caso pode arrastar o governo para uma nova crise por envolver o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), que tem o irmão do presidente Lula, Frei Chico, como vice-presidente. Os valores repassados ao Sindnapi cresceram 564% de 2020 para 2024 a partir dos descontos nas mensalidades de aposentados e pensionistas. (Estadão) Tungada
Fez barulho em Brasília a união dos partidos PP e União Brasil, agora com a maior bancada da Câmara, com 109 deputados, e também 14 senadores. Mas a superfederação, que anseia por mais destaque na eleição presidencial e a facilitação da formação de chapas para deputado, nascerá conflagrada em vários estados, com ameaças de desfiliação, e também na cúpula. A intenção é promover um rodízio no cargo de presidente, mas Antonio Rueda (União Brasil) exigiu ser o primeiro. O posto estava apalavrado para o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP). A nova federação será apelidada de União Progressista e obrigará ambos a atuarem juntos nas eleições por quatro anos. Caso haja rompimento, eles ficam proibidos de firmar uma nova aliança com outros partidos por mais quatro anos. (Folha) Enquanto isso... A executiva nacional do PSDB autorizou por unanimidade as negociações para a fusão da legenda com o Podemos, que terá de ser confirmada em uma convenção convocada para 5 de julho. As convenções das duas legendas são uma exigência para que o novo partido, provisoriamente chamado de PSDB+Podemos, peça seu registro no TSE. Caso a fusão se concretize, a nova legenda terá 28 deputados e sete senadores. (g1) A Justiça do Distrito Federal condenou o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) a pagar uma indenização de R$ 200 mil por dano moral coletivo devido a falas sobre pessoas trans no plenário da Câmara em 2023. A juíza Priscila Faria da Silva, da 12ª Vara Cível de Brasília, considerou que as palavras do parlamentar “constituem verdadeiro discurso de ódio”, em ação movida por duas associações ligadas à comunidade LGBTQIA+. A defesa de Ferreira vai recorrer, alegando que a manifestação do deputado estava dentro da imunidade parlamentar. (g1) Cesar Zucco, da FGV, e Timothy Power, da Universidade de Oxford, investigam o fenômeno da direita envergonhada no Brasil há décadas. Então, decidiram expandir o olhar e averiguar se outros países que saíram de regimes autoritários na América Latina reproduziram essa dinâmica. Constataram que sim, mas não na mesma intensidade. A peculiaridade brasileira e a razão de a direita ter perdido a vergonha recentemente são o tema da entrevista que eles concederam ao Meio Político de hoje, exclusivo para assinantes premium, e que circula a partir das 11h. Quer entender a fundo a política, seus artifícios e artífices? Assine o Meio. A Casa Branca criticou a Amazon pelo fato de a empresa planejar exibir o custo das tarifas do presidente Donald Trump ao lado do preço total dos produtos em seu site. “É um ato hostil e político”, disse a secretária de imprensa, Karoline Leavitt. “Por que a Amazon não fez isso quando o governo Biden elevou a inflação ao nível mais alto em 40 anos?”, perguntou Leavitt. “Esta é outra razão pela qual os americanos devem comprar produtos americanos.” (CNBC) Mais cedo, reportagem do Punchbowl News revelou que a companhia pretende divulgar o custo das taxas adicionais por não querer assumir a culpa pela guerra comercial iniciada pelo presidente americano. Depois, porém, a big tech negou que tomaria essa medida. Se fosse para frente, a decisão da gigante do e-commerce e do streaming não seria inédita. As chinesas do fast fashion Shein e Temu apontaram as sobretaxas nos últimos dias. A Temu agora informa no valor final a existência da “taxa de importação”, com acréscimo de 145% no preço. (Punchbowl News) Ao ouvir a pergunta sobre em que seu segundo mandato difere do primeiro, o republicano disse, em entrevista à revista The Atlantic: “Na primeira vez, eu tinha duas coisas a fazer: governar o país e sobreviver”. “Na segunda”, continuou, “eu governo o país e o mundo”. (The Atlantic) Empregos federais cortados: 280 mil. Total de imigrantes deportados: 139 mil. Tarifa comercial sobre a China: 145%. Veja números que importam para entender os 100 primeiros dias – completos ontem – do segundo mandato de Trump. (AP) Meio em vídeo. No programa Pedro+Cora, os jornalistas Pedro Doria e Cora Rónai falam sobre o apresentador e comediante Bill Maher, que jantou com Trump, de quem sempre foi crítico, e mudou de opinião em relação ao presidente. E comentam a crítica do também comediante Larry David, que escreveu um artigo como resposta a Maher imaginando um jantar com Adolf Hitler. Assista. (YouTube) |
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