Acompanhamento com pediatra deve começar no pré-natal
A contribuição do profissional durante a gestação é imprescindível para o monitoramento da saúde do bebê e a orientação dos pais
O médico pediatra é responsável pelo cuidado da saúde e acompanhamento do desenvolvimento das crianças. Esse trabalho imprescindível não inicia apenas quando a criança nasce. “O ideal é que o pediatra seja escolhido pelos pais durante a gestação e que a primeira consulta/conversa com ele ocorra no terceiro trimestre da gestação, não apenas para gerar uma relação de confiança, mas para iniciar as orientações relacionadas às rotinas necessárias após o nascimento do bebê, além de tirar dúvidas que já possam existir, construindo dessa forma um ambiente mais saudável e com menos preocupações e ansiedade para a família que está em formação”, alerta o médico pediatra e diretor-técnico do Policlínica Hospital de Cascavel, Ricardo Yamaguchi.
Pediatra presente no parto
A presença de um pediatra no momento do parto também é de extrema importância para auxiliar nos cuidados do bebê desde os primeiros minutos de vida fora do útero e atuar em situações emergenciais em relação ao recém-nascido. Outra função do pediatra é realizar a identificação precoce de condições de saúde, por meio dos primeiros testes de triagem neonatal, bem como a imunização do bebê. “O principal exame coletado logo após o nascimento é o teste do pezinho, exame muito importante no diagnóstico de algumas doenças que possuem tratamento para ser iniciado de forma precoce e é um exame obrigatório em todas as maternidades do país. Em relação às vacinas indicadas na infância, devemos pontuar que foi a maior evolução na prevenção de doenças nessa faixa de idade, com a redução significativa da mortalidade infantil nas últimas décadas. O calendário vacinal seguido no Brasil é atualizado e divulgado pela Sociedade Brasileira de Pediatria e é seguido por todos os pediatras”, reforça o médico.
Com o olhar humanizado voltado para os pais de primeira viagem, o Policlínica Hospital de Cascavel também mantém um curso gratuito de maternidade, por meio do Programa Nascendo Juntos, em que além de ter contato com profissionais especializados, como os pediatras, obstetras, enfermeiros e afins, os casais também têm acesso à informações sobre todas as etapas que vêm pela frente na gestação e nascimento do bebê.
Acompanhamento periódico
Passado o parto e os primeiros exames, a visita ao pediatra passa a fazer parte da rotina. A falta desse acompanhamento especializado de forma periódica pode implicar no diagnóstico tardio de alguma doença ou inconsistência no desenvolvimento da criança. “O acompanhamento médico da criança desde o nascimento, denominado puericultura, tem como objetivo principal evitar agravos que possam interferir no desenvolvimento físico e mental, acompanhando o desenvolvimento neurológico, motor, cognitivo e psicológico do bebê até a adolescência. A primeira consulta do bebê deve ocorrer entre o sétimo e décimo dia de vida. Idealmente as consultas devem ser mensais até o sexto mês do bebê, passando a bimestrais até um ano, trimestrais até 1 ano e meio e a partir de então semestrais até a criança completar cinco anos”, explica.
Sinais de alerta
O médico aponta ainda a necessidade de as alterações observadas serem imediatamente investigadas. “Essa periodicidade das consultas é importante pois o desenvolvimento do bebê no primeiro ano de vida é muito rápido e qualquer alteração no desenvolvimento normal deve ser acompanhada e/ou investigada rapidamente para evitar prejuízos futuros para a criança”, reforça.
Alguns sinais de alerta são importantes de serem observados, caso ocorram, no primeiro ano de vida:
Primeiros 3 meses
* Ausência do sorriso social
* Não fixar olhar – olhar vago
* Ausência de reação a ruídos (surdez)
* Manter mãos sempre fechadas
Até 6 meses
* Não firmar a cabeça sem apoio
* Não virar a cabeça para localizar sons
* Não sentar com apoio
* Não dá risada
Até os 9 meses
* Não senta sem apoio
* Mantém as mãos sempre fechadas
* Não pega objetos menores com pinça (polegar e indicador)
* Não localiza sons
* Não balbucia
* Não mostra interesse pelo jogo “escondeu-achou”
Até 1 ano
* Não fica em pé apoiado nos móveis
* Não fala sílabas (papa, mama, baba, etc)
* Apresenta movimentos anormais
Assessoria
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