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Cascavel,04/05/2024

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Um mandato pautado na saúde pública de qualidade

Na edição 100 do Jornal Paraná Oeste, entrevistamos o vereador de Cascavel, Edson Souza. Leia abaixo:

Fonte: Makelen Rotta
Um mandato pautado na saúde pública de qualidade Edson Souza foi eleito com 1.762 votos e agora se prepara para reeleição - Foto: Makelen Rotta

Natural de Boa Vista da Aparecida, o atual vereador de Cascavel, Edson de Souza (MDB), deu os primeiros passos na vida política enquanto ainda era presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Cascavel. Após, foi incumbido do cargo de chefe de gabinete na reitoria pelo então reitor, professor Cascá. Atuou também como diretor de obras da instituição e, na sequência, assumiu um dos maiores desafios: ser diretor administrativo do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), posto esse que nortearia suas lutas e futuro político. Formado em pedagogia, Edson Souza, nome de campanha, está no seu primeiro mandato no Legislativo, preside a Comissão Permanente da Saúde e já possui diversas conquistas, das quais destaca nas próximas linhas desta entrevista. Acompanhe: 

Paraná Oeste: Qual a primeira demanda que defendeu como vereador e quais os resultados?

Edson Souza: Desde o princípio, a pauta principal foi a saúde e o HUOP. Em determinado momento entendi que havia a necessidade de uma representação política em prol da unidade hospitalar e da área da saúde. Então, vim para Câmara com esse intuito, quis e consegui dedicar o meu mandato para a saúde, tanto para os pacientes, quanto para as pessoas que mantêm o sistema funcionando, isto é, os servidores, sejam eles da área pública ou privada. Então, um dos objetivos era representar esse segmento, pois quando não conseguimos avançar em termos de projeto ou em questões salariais, podemos dar “voz”, temos espaço para apresentar a versão dessas pessoas para a comunidade. 

Paraná Oeste: Quais as principais conquistas de 2021 até aqui?

Edson Souza: Conseguimos bons avanços. Tivemos agora a inauguração da ala Materno Infantil do HU, algo que vai mudar totalmente o atendimento. De um espaço de 600 metros em que o Centro Obstétrico estava alocado, passou para cerca de 6 mil metros quadrados com esta nova ala. E eu tive participação direta desde quando estava na Unioeste e no HUOP, até agora como representante político, ajudando a intermediar recursos financeiros.

Também buscamos avançar em outras questões como a superlotação nas Upas (Unidades de Pronto Atendimento), por exemplo. Neste caso, observamos uma situação: uma parte das pessoas que estavam internadas era por conta de pedra no rim e na vesícula. Então, conseguimos um equipamento que promove a “quebra” da pedra sem a necessidade do corte, logo, os pacientes podem passar por este procedimento aqui no HUOP, sem precisar se deslocar a Curitiba.

Além disso, tiveram outros equipamentos como dois tomógrafos, mas destaco também uma “bandeira” muito importante que foi a da cirurgias eletivas. Inicialmente, conseguimos aprovar aqui na Câmara de Vereadores as emendas impositivas. Cada vereador pegou R$ 100 mil da sua emenda, montou uma estrutura, e repassamos para a Secretaria de Saúde, a fim de fazer estas cirurgias. Isso não avançou necessariamente do jeito que queríamos, pois a Secretaria acabou não executando todo recurso, mas o programa existe. 

Agora estamos negociando com o Governo do Estado, para ser anunciado em breve, cerca de R$ 36 milhões por ano, direcionados às eletivas. Com isso, será feita uma reserva de leito no Hospital Universitário e a expectativa é que sejam efetuadas em torno de 400 a 500 cirurgias mensais. É algo muito necessário, pois somente em Cascavel temos cerca de oito mil pessoas aguardando por procedimentos cirúrgicos. 

Com o projeto da concessão do lixo, levantamos um debate intenso sobre a transparência desse processo e também abordamos a necessidade da ampliação dos serviços de reciclagem. Aprovamos uma lei que beneficia os catadores das cooperativas, dos Ecopontos. Com isso, ficou previsto um pagamento por ponto de coleta, o que aumenta a renda desses catadores. Além disso, temos acompanhado esse setor de perto, o que gerou um vínculo com esse público. 

Outra luta foi em defesa da enfermagem e do piso salarial nacional. Estivemos juntos em todas as mobilizações por essa valorização. Neste âmbito, também entramos com a defesa do serviço público e de todas as pautas dos servidores, votando sempre em favor deles. Além disso, seguimos construindo essas lutas junto aos sindicatos e entre outras categorias. 


“Estou fazendo uma representação política do HU, uma interlocução externa. Tanto que ainda sou chamado de Edson do HU. Estou sempre presente no hospital, acompanho as dificuldades, ajudo na busca por recursos, equipamentos, afinal, sem o HUOP não há saúde pública adequada na região”. 


Paraná Oeste: Conte sobre a inauguração da tão esperada ala Materno Infantil do HUOP.

Edson Souza: Foi um momento de reconhecimento. É um sentimento de missão cumprida momentaneamente, pois já estamos pensando em outras questões. Agora o próximo passo é resolver o CCP (Centro de Cirurgias Programadas), a ampliação de número de leitos, além de uma nova central de materiais, uma Unidade Coronariana, aumento do número de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) e salas cirúrgicas, bem como um heliponto. Portanto, a sensação é boa, felicidade temporária (risos), mas já planejando e trabalhando nas novas demandas. 

Paraná Oeste: Qual projeto pretende entregar até outubro e fale sobre as perspectivas para a reeleição?

Edson Souza: O Centro de Cirurgias Programadas, pois é uma demanda muito grande na nossa região. Precisamos que o paciente tenha seu problema de saúde solucionado quando vai para a UPA e depois para o hospital. Acredito que o CCP será um grande salto para isso. 

Para a reeleição, estamos construindo um projeto e esperamos a aprovação da população. Nossa ideia é manter as pautas que já defendemos e acrescentar planos relacionados à educação. Sou pedagogo de formação e acho que a educação em Cascavel precisa ser discutida em alguns pontos específicos. Um exemplo: o piso que não é pago para os professores, é um absurdo e desrespeitoso.

No entanto, mesmo priorizando a saúde neste mandato, em dois anos, fui o vereador que mais indicou emendas impositivas para a educação, então foram muitos recursos destinados às escolas e Cmeis (Centro Municipal de Educação Infantil). Por isso, quero agregar as duas causas, com atenção especial para os Cmeis, para as famílias e para os profissionais que trabalham nestes locais, pois é uma função de muita responsabilidade, que precisa de pessoas capacitadas e com remuneração apropriada. 

Paraná Oeste: O que a população tem trazido de problemas/solicitações para você? 

Edson Souza: São demandas em todos os setores. Em São João, área rural de Cascavel, recebi solicitações desde banco e bebedouro para o cemitério, até aparelho de ar condicionado para a escola. Mas falando especificamente de uma: as estradas rurais. Inclusive estive há alguns dias no distrito para comemorar a liberação dos recursos da revitalização da estrada que liga São João à BR 277, chamada Jacob Munhak. Este investimento foi articulado junto ao deputado Gugu Bueno (PSD), um pedido que fiz na minha primeira reunião como vereador. Serão mais de R$ 5 milhões aplicados, sendo R$ 3,5 milhões do Governo do Estado e R$ 2 milhões da prefeitura municipal. 

Paraná Oeste: Resuma sua atuação no Legislativo em uma palavra e deixe uma mensagem. 

Edson Souza: Resultado. Acredito que conseguimos ser efetivos no que nos propomos a fazer. Foi um mandato que não passou em branco, tivemos aprovações de leis em diversos sentidos, como o programa “Não se Cale”, que protege mulheres em situação de risco ou violência sexual em estabelecimentos como bares e casas noturnas. Também teve o projeto em relação à revisão dos parquinhos, a fim de disponibilizar brinquedos adaptados para crianças com deficiência ou mobilidade reduzida, entre diversos outros. 

E o recado é que precisamos fazer política, precisamos de um olhar diferente, o que não significa ser candidato a algum cargo, mas garantir a participação social, pois quanto mais pessoas incluídas nesse processo, mais a política vai ser eficiente e apresentar resultados reais para a população. Tem uma frase que diz: “o problema de quem não gosta de política, é ser governado por quem gosta”, ou seja, as pessoas criam uma ojeriza, o que não deve acontecer. A população deve estar consciente em quem está votando, cobrar o candidato, cobrar projetos, enfim, ser participativa. 

 

 

 





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