O Conselho de Segurança da ONU aprovou ontem uma resolução pedindo que o grupo terrorista Hamas, que governa a Faixa de Gaza aceite um plano de cessar-fogo no território palestino proposto pelos EUA e que, segundo Washington já teria anuência de Israel. Entretanto, após a aprovação, Reut Shapir Ben-Naftaly, uma das principais diplomatas israelenses disse ao conselho que seu país vai continuar a ação militar até que os reféns em poder do Hamas sejam devolvidos e a capacidade do Hamas seja "desmantelada". Enquanto grupo islâmico elogiou a resolução, Ben-Naftaly afirmou que os militantes palestinos estão "usando negociações sem sentido para ganhar tempo". (CNN) A aprovação no Conselho de Segurança foi uma rara demonstração de consenso entre as grandes potências. Apenas a Rússia se absteve de votar o texto, apresentado pelo presidente americano Joe Biden em 31 de maio. Como a Autoridade Palestina, que governa parcialmente a Cisjordânia, se mostrou favorável, ficou mais difícil diplomaticamente para Rússia ou China vetá-lo. A proposta aprovada tem três fases: um cessar-fogo imediato, a troca dos reféns israelenses por prisioneiros palestinos e o fim da guerra em Gaza. (Guardian) Após dissolver a Assembleia Nacional e anunciar eleições antecipadas devido ao resultado nas eleições europeias do último domingo, o foco do presidente francês, Emmanuel Macron, deve se voltar exclusivamente para a política doméstica. Em contraste com a fraqueza política de Macron, o Partido Popular Europeu, da centro-direita tradicional, está em vias de ser o maior bloco no Parlamento, com 189 de 720 cadeiras, aumentando as chances de sua líder, a alemã Ursula Von der Leyen, permanecer na presidência da Comissão Europeia. (Politico) O bom desempenho da extrema direita nas eleições para o Parlamento Europeu seguiu fazendo estragos pelo continente. O primeiro-ministro da Bélgica, Alexander De Croo, anunciou ontem sua renúncia, após a derrota acachapante de sua legenda, o Partido Liberal-Democrata Flamengo, que, segundo as projeções, obteve somente 5,8% dos votos. "Eu liderei a campanha. Este não foi o resultado que esperávamos, e, consequentemente, assumo total responsabilidade, disse ele." (CNN) Apesar da performance da ultradireita — em particular na França, na Alemanha e na Itália, países mais ricos do bloco –, não está claro ainda se os diversos partidos que a representam vão realmente ter peso na política da União Europeia. Primeiro porque a maioria do parlamento continua nas mãos do centro, segundo por contas divisões dentro do bloco ultradireitista em temas como a guerra na Ucrânia. Algumas legendas radicais, como os Amigos da Itália, da primeira-ministra Giorgia Meloni, vêm amainando um pouco seu discurso para atrair eleitores de centro. (BBC) O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não está nada satisfeito com a MP que limita a compensação de PIS/Cofins com impostos federais. Apelidada de MP do Fim do Mundo, o agronegócio calcula um prejuízo de R$ 30 bilhões, enquanto o setor de combustíveis fala em R$ 10 bilhões. Em reunião com o presidente Lula, Pacheco disse que o tema não deveria ter sido tratado por MP, sem respeitar a regra que estabelece que a União fica proibida de cobrar qualquer tributo no mesmo exercício financeiro e o prazo de 90 dias, conta Raquel Landim. A MP entrou em vigor no último dia 4. O presidente do Senado disse que há um grande descontentamento no setor produtivo, que se deparou com essa situação da noite para o dia, o que pode justificar uma inconstitucionalidade. E afirmou que vai tomar uma decisão até hoje. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou a MP para compensar a desoneração da folha de pagamento de 17 setores e de pequenos municípios. (UOL) Adriana Fernandes: "O governo não está sozinho no desgaste político provocado pela MP que restringiu o uso de créditos do PIS/Cofins. O Congresso terá de assumir a responsabilidade de encontrar a forma de financiar a perda de arrecadação com a manutenção da desoneração da folha de pagamentos neste ano. O impasse precisa ser resolvido até o fim do prazo de 60 dias dado pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal, para governo e Congresso encontrarem uma solução. O tempo começou a contar em 17 de maio." (Folha) E o governo tentará convencer o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), da necessidade de baixar a temperatura na Casa. Nessa missão, segundo o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, Lula orientou o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), a procurar Lira e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para tentar sensibilizá-los, citando a sessão tensa que terminou com a internação da deputada Luiza Erundina (PSOL-SP) na semana passada. "Qualquer projeto de lei que alimente esse clima de intolerância, de beligerância, não deveria estar no centro das pautas neste momento", disse Padilha após a segunda reunião de articulação política com Lula. (Meio) Às vésperas de uma reunião na Suíça sobre a guerra na Ucrânia, o presidente Lula defendeu, em ligação com o presidente Vladimir Putin, que a Rússia participe das negociações para um acordo político para o conflito, conta Jamil Chade. O plano de paz, segundo o brasileiro, deve seguir os termos acertados entre Brasil e China no mês passado. O governo teme que o encontro sirva apenas para chancelar a posição de Volodymyr Zelenski, que não aceita negociar enquanto as tropas russas estiverem na Ucrânia. Lula foi convidado, mas não vai participar, alegando que não faz sentido um encontro apenas com o lado ucraniano. Para Brasília, só Pequim pode influenciar Moscou. (UOL) |
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